NUA... SÓ COM UM FIOZINHO DE PRATA AO PESCOÇO!!!

A contração de agonia que neste momento passa nas minhas faces, enquanto dispo o pijama, não há palavras humanas que a descrevam. Ou se as há, não as conheço ainda. Dispo agora as cuecas. Agora o soutien. Agora dou um suspiro e encaminho-me para o polibã. O meu andar é vagaroso e solene. Parece que as minhas passadas não têm som. Que o coração não bate. Que os pulmões não se contraem. Sou sombra. Apenas isso. Sombra.


(Imagem retirada da internet)


Abro a água do chuveiro.
Gotas pujantes e quentes sibilam-me no rosto. Nos seios. Nas pernas. No mais profundo de mim. Assim como carícias a construírem o desejo. Não sei como vieram, mas deve haver um caminho para não irem ter à masturbação! Mas como? Se cada poro da minha pele molhada estremece nu para o prazer. Selvagem. Rumoroso. Alegre. Mas como? Se ao meu corpo lhe apetece navegar ou ondular, ou simplesmente ser. Mas como? Se os meus lábios são lume. Com sede ainda de outro lume. Mais quente, quase vulcão.

E tudo me treme de tanto que desejo.
A respiração aberta, não de bafo, mas de chama.
Sem nenhum medo, não há nada que me faça parar.
E a certeza  de que todas as coisas em mim estremecem só de pensar em mergulhar na satisfação.
Aperto agora o meu fiozinho de prata e...

«Fo##-se, faltou a água!», barafusto.
Visivelmente irritada. Visivelmente frustrada. E o desejo caído, murcho, feito de nada. Ou entornado no chão do polibã com as últimas gotas de água.
Estou só.
Desolada e só.
E o vento sopra na rua.

Mas, subitamente, uma luz. Uma estrela cheia de brilho. Ou uma verdade revelada. Finalmente, compreendo que, há bocado, faltou a água porque Deus Nosso Senhor me quis mostrar que eu, como futura freira, não posso ceder a tentações mundanas de modo algum.

E, como prova da minha generosidade celestial, fiquem-se com esta:
👉 O nome «bocado», associado à forma verbal «há», veicula um valor temporal, sinónimo de «um pequeno intervalo de tempo». É possível substituir, neste contexto, a forma verbal «há» pela forma verbal «faz».
Exemplo: Há bocado encontrei o Miguel no café. = Faz um bocado (de tempo) que encontrei o Miguel no café.

P.S. Não sei se chore... não sei se ria!!! A modos que continuo com o corpinho nu envolto em tempestade. Ora o amor sagrado... ora os prazeres da carne!!! 👀


FUI...


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