UMA POR DIA...NEM SABES O BEM QUE TE FAZIA!
Deixo-me ficar na varanda a beber mais um gin, a fazer de conta que não estou ansiosa por te ver chegar. Ou se preferes para que a noite cresça apaixonadamente. Porque a noite vive junto à carícia. Não há outro caminho.
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| (Imagem retirada da internet) |
Tu chegas.
Pouso o copo sobre o tampo da mesa. Enfio os dedos das minhas mãos, livres e ávidas, por entre os teus cabelos, vivos e irrequietos, e com os olhos bem fixos nos teus, perigosamente junto dos teus, mas falando-te sempre com os lábios voluptuosos, sussurro-te que há desejos onde o frio não se demora.
Sorris. Eu sorrio-te de volta.
Sorrisos que estremecem a noite.
O êxtase está próximo e maduro.
Nem tenho tempo para te dizer mais nada, tão rápido é o movimento com que me vais despindo o vestido e me pegas na mão e leva-la à boca, não propriamente para a beijar, antes para a premires de encontro aos teus lábios. Como se houvesse um fogo aquecendo os teus lábios, ou talvez, a minha mão nos teus olhos, carregada de ardência e dos teus dedos. Sem nenhum rumor de arrependimento nos corpos acesos. Ou hesitações murmuradas na pele.
E as mãos procuram a vertigem, rasgam o silêncio.
Deambulam pela alma, onde a intensidade é mais secreta.
E íntima.
O sofá, a lareira, os pés descalços. O vestido abandonado no chão, e os corpos dentro da excitação. A excitação dentro dos corpos. E todo este movimentar de uma grande liberdade, todo este sentir arrebatador, com as palavras suculentas que se soltam: as que é preciso sugar, beber, seduzir e as que por fim se deixam apanhar, palpar, penetrar.
Assim, um deslumbramento, um calor e um tudo.
Já não há regresso.
E o tudo se torna gemidos.
Ou gritos.
Ou prazer.
Agora um orvalho sobre o corpo,
pelo apaziguamento fascinado.
E subitamente,
acordo.
«Porra, estava a sonhar!»
Levanto-me da cama e... vou comer uma maçã!
P.S. Pessoal, uma maçã por dia, nem sabem o bem que vos fazia!😎😎
FUI...

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