FODA-SE! É QUE NÃO PODEM VER NADA!!!
Deslizas os teus dedos por entre os veios da esperança. Povoas os meus desejos dos teus desejos, que eu povoo. Assim, tudo tão perto de ser música. Ou jardins onde as borboletas voam de mãos dadas com o perfume das flores. Adivinho-te no horizonte, de sorriso inteiro, de lábios húmidos, a aguardar o beijo que te anseio dar. Sopra intenso o vento, para lá das coisas e das margens do infinito. E há os teus braços à minha espera e um sorriso deslumbrado de alegria. O resto é vão. O Sol. A Lua. O mundo. (Imagem retirada da internet ) Sei que hás de vir pelo amadurecer do tempo. Que vou gemer ao sabor das tuas carícias, querendo atingir o fundo de ti. Que em cada sopro do vento maior a certeza de te querer. Que as tuas mãos me hão de percorrer a pele. Nua e quente. E, por fim, a vertigem, onde a língua torna mil vezes o prazer. Adivinho-te. Ou talvez diga: quero respirar rente à tua boca. Como adivinho tudo isto? Sou eu a primeira que não sei explicar, nem isso me aflige demasiado. Basta-me...